Debate sobre a saúde, digo, sobre a UFPA…

Às 10h35 da manhã do dia 26 de dezembro de 2008 começa o debate das eleições para reitor da UFPA, realizado pelo DCE e pela ADUFPA no auditório do ICS. Antes de dar início ao que deveria ser um evento favorável à democracia na universidade, o clima esquentou, por ocasião da presença de um banner com dimensões um tanto exageradas do candidato Maneschy. O mesmo foi tirado, no entanto os outros candidatos, mesmo que com bannerzinhos mais modestos, permaneceram com seu “visual” no debate.

Ainda antes de começar o debate, eu e um grupo de amigas da Faculdade de Comunicação da UFPA fomos surpreendidas por um assessor de Maneschy que distribuía panfletos. Ao saber que cursamos jornalismo, disparou: O que vocês estão fazendo aqui??? Busquei no fundo de minh’alma (exagero, não?!) a serenidade necessária a uma resposta e perguntei se o debate era restrito a área de saúde. Ele meio sem jeito, afirmou que não…

Convicta de que realmente seria um debate para discutir questões relativas à UFPA como um todo, ajeitei-me na cadeira e comecei a prestar atenção na apresentação dos candidatos. Logo no início ficou evidente que realmente era um debate para os cursos de medicina e afins. O próprio candidato Ricardo Ishak ressaltou que medicina é um curso de vitrine para a universidade. Bem, pressuponho que deva ser também o que mais renderá votos para os candidatos, já que não falavam de outra coisa.

Foi aí que entendi a surpresa do cabo eleitoral de Maneschy quando soube que a platéia era heterogênea. Os candidatos tinham se preparado para falar apenas de saúde. Mal eles sabiam… não podiam contar com pior surpresa do que estudantes de jornalismo, ávidos por assuntos para postar em seus blogs…

E o público???

Bem, os que ocupavam as primeiras fileiras do auditório, com exceção dos estudantes de comunicação, é claro, estavam muito agitados. Eram os assessores dos candidatos. Gritos, aplausos, vaias, contestações. Manifestações não faltaram. Disseram e fizeram o que deu na telha. O nosso líder estudantil, que coordenava o debate, quem diria, pediu mais postura dos técnicos administrativos e professores que apoiavam algum candidato. Chegou a um ponto que o próprio candidato Ishak, solicitou à platéia que deixasse a sua opositora, Regina Feio, responder à pergunta que acabara de fazer. Que feio, hein?!

Errei (ou não …)

No post anterior fiz severas críticas ao candidato Ishak, quando disse que o mesmo não utilizava a comunicação nem mesmo em sua campanha. Confesso que me senti muito mal quando avistei, com muita dificuldade, o banner 3X4 que ele colocou no auditório. A escassez de recursos é evidente, sobretudo se comparada aos candidatos Maneschy e Regina Feio. Foi mal aí Ishak!

Quer ler mais sobre injustiça e eleições na UFPA?? Ó aí:

http://aereonarede.wordpress.com/

http://infojuris.wordpress.com/

http://www.zeodeia.blogspot.com/

Eleições UFPA: e a comunicação, como é que fica?

O próximo dia 03 de dezembro será um momento muito importante para a comunidade acadêmica da UFPA e para todos que direta ou indiretamente são impactados por suas ações. As eleições para Reitor, decidirão quem estará à frente da maior universidade da Amazônia pelos próximos quatro anos.

De acordo com o regimento eleitoral, se constituem como eleitores os docentes, técnico-administrativos, alunos da UFPA (desde que maiores de 16 anos), além de servidores da instituição. A famosa “lista tríplice” não existirá e todos os votos terão o mesmo peso.

Nenhum dos candidatos têm filiação partidária declarada, no entanto, não custa dar uma conferida.

A candidata da “situação” é Regina Feio, que apresenta uma proposta de avanço das ações já implementadas pela atual administração. Sua proposta para a comunicação, que para a candidata é “instrumento primordial para dinamizar a produção acadêmica nas dimensões global e local”, é a Criação da TV e da Rádio Universitárias, também como campo de estágio para discentes dos cursos pertinentes (leia-se jornalismo e publicidade, creio eu).

A Comunicação como estratégia

O programa de ação, do candidato Carlos Edilson Maneschy destaca a comunicação como estratégia para dar visibilidade à Universidade como produtora do saber.

Atenção galera de comunicação, fiquem atentos para essa:

“Atuar em parceria com a Faculdade de Comunicação Social em projetos de ensino, pesquisa e extensão, oferecendo espaço onde se concretize, na prática, a reflexão sobre o papel social dos jornalistas e publicitários, através de bolsas, estágios e de ações comunicacionais voluntárias que possam ser creditadas como atividades complementares”.

E se eleito for…na hora certa cobraremos, nos aguarde!

Ao ler a proposta da candidata Ana Tancredi, logo percebi que não há proposta específica para a comunicação. Na verdade nem aparece essa palavra em seu site, uma vez que meu sempre eficiente Crtl + F não achou nada.

O outro candidato..qual o nome dele mesmo…peraí que vou ver…
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Ahh, é o Ricardo Ishak . Bem, até então parece nem proposta tem. Se tiver certamente não é na área de comunicação, uma vez que sequer na sua campanha a utiliza como instrumento de projeção, nem que seja só para fazer o “marketing político”. Em seu site, que foi colocado hoje no ar (até tomei um susto), as três linhas que falam de suas propostas também não têm nada de comunicação (nem precisou de Ctrl + F).

Como estudante da área, espero que esse valioso recurso não seja apenas utilizado pelo candidato eleito para dar visibilidade à sua gestão, ou como valorização de uma “marca”. O mínimo que se espera é que as ferramentas da comunicação – sejam do jornalismo, da publicidade ou das relações públicas – viabilizem e tornem suas ações na Universidade mais efetivas, convertendo-se em benefícios para a comunidade acadêmica e para a sociedade.

Estamos aí pra isso! 😉

Flagra

Alguns sindicalistas da área da saúde distribuíam panfletos contra a atual administração em frente ao PSM, exatamente no dia em que Duciomar havia prometido visitar o local com Priante, em desafio lançado no debate do dia 23 de outubro no SBT.

Dois deles estão sendo perseguidos pela justiça eleitoral, acusados por crime eleitoral. Segundo fontes, o material foi todo apreendido no sindicato, o que configurou o flagrante.

Perseguição mesmo vai ser se o “amarelinho” ganhar…

Ler mais em http://infojuris.wordpress.com/

Falando em sabatina…

O nosso prefeito Duciomar Costa, candidato à reeleição, parece que faltou suas aulas de português. Seus principais erros??? Concordância , coerência , ambigüidade.

Prefeito, “mim” não faz nada!!! Respeite os “cidadões” da metrópole da Amazônia!!

Que “poblema” hein???

Eu anulo

Tu anulas

Eles anulam

Nós anulamos

Vós anulais

Eles anulam

Ufa!

Dilema

Velha roupa nova

Entra ano e sai ano e não se muda a forma de fazer política em nosso estado. Em minha parca experiência de eleições – como eleitora – percebo que os discursos, as posturas, as jogadas de marketing não mudam! Perguntas com pegadinhas, com números de orçamentos, siglas, e “jogadas de verde” continuam a confundir o eleitor, que em sua esmagadora maioria, não tem idéia de qual a diferença entre um orçamento de 50 mil e 200 milhões para o turismo na cidade. Ao assistir um debate, tenho a nítida sensação de estar assistindo a uma sabatina, ou olimpíadas escolares.

O pior é que isso faz a diferença, a julgar pelo caso de Maria do Carmo, hoje prefeita petista reeleita em Santarém, quando nas eleições estaduais de 2002, perdeu por não saber o preço da passagem de ônibus em Belém. Valéria, no primeiro turno, se perdeu por não saber o que é CIP (contribuição de iluminação pública).

Para continuar exemplificando com outras eleições, Priante parece que não lembra que ficar ofendendo não funciona. Já dizia nosso mestre da maledicência política, Jader Barbalho: “sou que não massa de pão, quanto mais me batem, mais eu cresço”. É, parece que Priante faltou essa aula na escola de formação de políticos da sua própria família, ministrada pelo famoso primo e fundador da mesma. Um exemplo claro de que essa estratégia não é das melhores, foi nas eleições para prefeitura de 2004, quando Ana Júlia perdeu muitos pontos por acusar Duciomar de falso médico.

E assim, o povo fica com peninha de quem sofre, de quem é “caluniado”. Eles deixam de ser corruptos para se tornarem Mártires. Ó, pobres reeleitos!!!

O que der na telha…

O humilde ponto de vista de uma jovem estudante de Jornalismo. Além de notícias, o espaço pretende abrigar a minha “visão de mundo” acerca de diversos temas da nossa realidade.

Sei que em alguns anos, quando eu ler o que escrevi hoje, provavelmente meu olhar sobre a realidade terá mudado totalmente, e minha forma de escrever terá amadurecido. Terei vergonha de ter escrito isso, no entanto, sei que faz parte do crescimento pessoal e profissional.

Confesso que dizer o que “der na telha” foi uma alternativa razoável para quem não tinha sequer idéia da linha editorial do blog, que “by the way”, foi uma solicitação da disciplina “laboratório de jornalismo digital e novas mídias” da Universidade Federal do Pará.

Sempre tive vontade de ter um blog, mas a falta de tempo para postar coisas interessantes me fez protelar essa tarefa para mais tarde…agora chegou a hora! Então, colegas de jornalismo 2006, vamos tentar transformar as dificuldades em oportunidades…

Enfim… cresceremos juntos!

E que venham os posts e comentários!

Yes, I believe in angels! : )